Filhas de Lavadeiras
(Edileuza Penha de Souza, diretora do documentário e debatedora)
Com muita alegria e ânimo renovado retomamos o Gênero e Cinema nesta edição, em seu formato presencial, com a proposta de refletir e debater, a partir da perspectiva das mulheres, as diferentes dimensões da divisão sexual-racial do trabalho, tendo em conta a Lei de Cotas adotadas pela UnB, e suas repercussões.
O documentário “Filhas de Lavadeiras” dirigido por Edileuza Penha foi escolhido para inaugurar nossas ações neste semestre, por nos brindar com uma potente reflexão, a partir da perspectiva das mulheres, sobre as repercussões da Lei de Cotas adotadas pela UnB, nas diferentes dimensões da divisão sexual-racial do trabalho.
Primeira universidade do País a implementar a política de cotas em seus processos seletivos de ingresso na graduação e a adotar cotas raciais, em 2003, a UnB celebra seus sessenta anos, neste 2022, ao mesmo tempo, em que a política nacional de cotas, implantada nacionalmente em todo o Brasil há dez anos, deverá ser objeto de avaliação e (eventual) revisão.
A Lei que estabeleceu cotas para o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio - Lei nº 12.711/2012 – trouxe resultados e conquistas imprescindíveis na luta contra o racismo e para uma UnB mais inclusiva e diversa.